Os resultados são de um estudo publicado no início do mês de março de 2016 no periódico médico The Lancet, a mesma publicação que no ano passado havia chamado a mudança climática de “a maior ameaça à saúde deste século”. A nova pesquisa, feita por um grupo do Reino Unido, analisou 155 países e modelou em computador o que aconteceria com a produção de alimentos, o comércio internacional e o consumo em diferentes cenários de emissão de gases de efeito estufa.
Sua principal conclusão é que o aquecimento global cortará em um terço o número de mortes por desnutrição e má alimentação que seriam evitadas naturalmente pelas melhoras na produtividade e na distribuição de comida nas próximas décadas.
Segundo os pesquisadores, liderados por Marco Springmann, do Programa Oxford Martin sobre o Futuro da Alimentação, a maior parte das mortes será decorrência da redução no consumo de frutas, verduras e legumes, não de desnutrição pura e simples. Por outro lado, foi visto efeito positivo da mudança do clima na redução global da obesidade e na redução do consumo de carne vermelha — que, no entanto, são mais do que compensado pelos dois fatores negativos
Springmann e colegas afirmam que a adoção de trajetórias de redução de emissões poderia evitar até 71% dessas mortes adicionais. Fonte: Envolverde
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